Você já se perguntou como é que a Terra se mantém em uma órbita estável em torno do sol?
Quer dizer, a atração gravitacional fica mais forte quando nos
aproximamos do sol, e se o sol puxa a Terra, ela deveria ser atraída com
uma força cada vez maior, até cair no sol. Mas a gente está aqui, então
deve ter alguma coisa mais nesse “rolo”, já que a Terra não está caindo
no sol.
A razão é que quando a Terra fica um pouco mais próxima do sol, a
atração é maior, mas isto também faz com que a velocidade com que a
Terra está fique maior, e ela acaba “escapando” para um ponto mais
distante, onde a atração também é menor, e então recomeça tudo
novamente.
A parte incrível é que a força de atração e a velocidade estão em
perfeito equilíbrio, o que faz com que a Terra permaneça em sua órbita,
da mesma forma que uma pedrinha fica estável dentro de uma bacia. Este
equilíbrio é muito especial: ele depende do potencial gravitacional
efetivo, e do número de dimensões do universo. De fato, ele só é
possível em um universo 3D.
Isto mesmo, órbitas estáveis só existem em universos tridimensionais.
De fato, se houvessem mais dimensões, a força da gravidade iria crescer
muito, mais do que o crescimento da velocidade, e não seria possível
escapar da mesma, e a Terra cairia no sol. Se houvessem menos dimensões,
então a força da gravidade não seria suficiente para manter um corpo em
órbita, que se perderia então no espaço.
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